quarta-feira, 18 de novembro de 2015

EDUCAÇÃO BRASILEIRA


Você sabe qual é o verdadeiro cenário da educação do Brasil? Sabe qual é a situação dos demais países? Aposto que você teve um pensamento pessimista, porém realista.

A educação brasileira é um assunto que deve ser discutido, debatido... colocado em pauta sempre! Por que falar de um assunto desse? Guerra na Síria, atentado terrorista em Paris... e você vem debater educação brasileira? O que você tem na cabeça? Jiló?

Amigo e amiga leitora, se você está lendo este blog é porque está interessado nesse assunto. E, provavelmente, tem dificuldade em algum ponto no aprendizado. Se você é vestibulando, sabe que passar no vestibular é um desafio intenso e emocionante. Mas você sabe o motivo?

O Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA - Programme for International Student Assessment) avalia o grau da educação dos países envolvidos. Na edição de 2012, o Brasil ficou em 58º lugar.

Segundo institutos de pesquisa, o Brasil investe U$ 2.700 por aluno no Ensino Médio.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 3,3 milhões de crianças (4 a 17 anos) estão fora da escola. O Brasil apresenta a terceira maior taxa de abandono escolar entre os países com melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Esses dados revelam que o trabalho infantil ainda é um enorme problema social.


Você sabia que 9 em cada 10 alunos que concluem o Ensino Médio em escola pública sem ter aprendido o que deveriam em Matemática? Se você estudou em escola pública e tem dificuldade em Matemática (assim como eu..) sabe muito bem o que esse mero dado estatístico representa.

Anteriormente eu apresentei alguns dados para vocês, pois, desse modo, consigo mais autoridade no que vou falar a seguir.

Um dos motivos de escrever este blog é poder difundir o conhecimento que eu adquiri ao longo da minha jornada escolar. E nela, percebi que os alunos não sabem estudar. Estudar... o que é isso? Não se preocupem, vários textos serão postados sobre esse assunto tão importante e amplo.

O professor (geralmente desmotivado, sobrecarregado e com salário baixo) apresenta um conteúdo para uma sala de, aproximadamente, 35 alunos. Vamos trabalhar com um professor de Matemática. Ele terá em torno de 3 aulas semanais com a mesma turma (diferente do professor de Filosofia, que geralmente tem 1 aula). As aula costumam durar 50 minutos. Professor Gauss (assim que vou chamar nosso colega) vai começar o estudo de Exponencial e Logaritmos em uma turma do primeiro ano. Ele faz uma breve introdução do que será o tema, mas logo a aula acaba. Nossa, que rápido! O que aconteceu no tempo dessa aula? Gauss perdeu vários minutos pedindo silêncio e esperando que a sala se organizasse. Ele também teve que fazer a chamada, apagar a lousa, pedir mais silêncio... e só depois de ter passado 20 minutos, ele conseguiu iniciar a aula.

Mas que alunos péssimos! Serão mesmo? Quantos deles receberam uma educação baseada no respeito e na compreensão do real significado da escola? Quantos deles apresentam a mentalidade de que o conhecimento é mais importante do que debater quem saiu do BBB na noite anterior? Quantos deles sabem o significado de respeitar o próximo? Não estou querendo passar uma ideia negativa sobre esses alunos.. até porque... eu já fui um deles.

Gauss entra na segunda aula da semana. Mesmo esquema: perde sempre aqueles minutos iniciais. Mas bem que Gauss poderia explicar o que significa respeito, né? Mas ele já está tão desmotivado que nem liga mais pra essa situação. O professor passou uns exercícios para seus alunos resolverem. Somente dois alunos entregaram a tarefa. E o resto? Os demais alunos não conseguiram resolver a tarefa.

Mas como esses alunos são burros! Serão mesmo? A maioria esmagadora não teve um bom ensino de Matemática no Ensino Fundamental. Os alunos não sabem com fluência as operações básicas, não sabem desenvolver equações e expressões... e muito menos fatorar, simplificar e substituir variáveis. Além disso, também não entenderam a matéria. Por que não entenderam? O professor escreveu grego na lousa. Não explicou. E ninguém ali pressupôs que deveria abrir o livro e estudar.

Agora imagina esse cenário ocorrendo em todas as aulas, todos os dias e em todas as escolas. Imaginou? Isso que você está imaginando não é nem 10% do problema da educação brasileira. Mas é a parte que podemos começar a mudar. E, consequentemente, iniciaremos um efeito dominó que mudará os 90% restantes.

Valorizando o professor, aprendendo a ensinar e aprendendo a aprender, conseguiremos autonomia de pensamento. Não seremos mais manipulados pela mídia e pelos políticos que usam fala bonita e sorriso atraente. E com isso, votaremos certo! Vamos começar a escolher melhor nossos governantes. Exigiremos deles mais investimento em educação. E assim, melhoraremos o quadro brasileiro para as gerações futuras.

Por isso escrevo este blog. Quero pelo menos plantar a semente e pedir para que as próximas gerações reguem e cuidem da plantinha. Esta se tornará uma arvore linda e que dará inúmeros frutos. Eu não comerei esses frutos... e muito menos vou me refrescar na sombra dessa árvore. Mas espero que ela exista para aqueles que virão.

Aprender a estudar é uma maneira de mudar o futuro. Não só o seu, mas o de todos que vivem ao seu redor.

(espero que você não esteja pensando que tenho jiló na cabeça... hahahha)

Voltando para os dados estatísticos...

A China ficou em 1º lugar no PISA 2012. A melhor educação é a chinesa, que valoriza as matérias de exatas (Matemática, Biologia, Química e Física).

A Rússia investe U$ 4.100 por aluno do Ensino Médio. Os EUA investem U$ 10.000 por aluno do Ensino Médio.

Estou convidando você a participar dessa jornada pela melhor educação. Divulgue este blog e repasse tudo o que você aprendeu para os seus amigos, irmãos e colegas.


Aguardo vocês no próximo texto. :)


A reprodução deste texto é proibida e protegida pela lei do direito autoral nº 9610 de 19 de fevereiro de 1998.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

The Life Like Lab

Olá, tem alguém aí? Se tiver, deixe um comentário para que eu possa saber que não estou conversando comigo mesmo por meio dessa metalinguage...