Você sabe qual é o verdadeiro cenário da educação do
Brasil? Sabe qual é a situação dos demais países? Aposto que você
teve um pensamento pessimista, porém realista.
A
educação brasileira é um assunto que deve ser discutido, debatido... colocado
em pauta sempre! Por que falar de um assunto desse? Guerra na Síria, atentado
terrorista em Paris... e você vem debater educação brasileira? O que você tem
na cabeça? Jiló?
Amigo
e amiga leitora, se você está lendo este blog é porque está interessado nesse
assunto. E, provavelmente, tem dificuldade em algum ponto no aprendizado. Se
você é vestibulando, sabe que passar no vestibular é um desafio intenso e
emocionante. Mas você sabe o motivo?
O
Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA - Programme for
International Student Assessment) avalia o grau da educação dos países
envolvidos. Na edição de 2012, o Brasil ficou em 58º lugar.
Segundo
institutos de pesquisa, o Brasil investe U$ 2.700 por aluno no Ensino Médio.
Segundo
o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 3,3 milhões de
crianças (4 a 17 anos) estão fora da escola. O Brasil apresenta a terceira
maior taxa de abandono escolar entre os países com melhor Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH). Esses dados revelam que o trabalho infantil ainda
é um enorme problema social.
Você
sabia que 9 em cada 10 alunos que concluem o Ensino Médio em escola pública sem ter
aprendido o que deveriam em Matemática? Se você estudou em escola pública e tem
dificuldade em Matemática (assim como eu..) sabe muito bem o que esse mero dado
estatístico representa.
Anteriormente
eu apresentei alguns dados para vocês, pois, desse modo, consigo mais
autoridade no que vou falar a seguir.
Um dos
motivos de escrever este blog é poder difundir o conhecimento que eu adquiri
ao longo da minha jornada escolar. E nela, percebi que os alunos não sabem
estudar. Estudar... o que é isso? Não se preocupem, vários textos serão
postados sobre esse assunto tão importante e amplo.
O
professor (geralmente desmotivado, sobrecarregado e com salário baixo)
apresenta um conteúdo para uma sala de, aproximadamente, 35 alunos. Vamos
trabalhar com um professor de Matemática. Ele terá em torno de 3 aulas semanais
com a mesma turma (diferente do professor de Filosofia, que geralmente tem 1
aula). As aula costumam durar 50 minutos. Professor Gauss (assim que vou chamar
nosso colega) vai começar o estudo de Exponencial e Logaritmos em uma turma do
primeiro ano. Ele faz uma breve introdução do que será o tema, mas logo a aula
acaba. Nossa, que rápido! O que aconteceu no tempo dessa aula? Gauss perdeu
vários minutos pedindo silêncio e esperando que a sala se organizasse. Ele
também teve que fazer a chamada, apagar a lousa, pedir mais silêncio... e só
depois de ter passado 20 minutos, ele conseguiu iniciar a aula.
Mas
que alunos péssimos! Serão mesmo? Quantos deles receberam uma educação baseada
no respeito e na compreensão do real significado da escola? Quantos deles
apresentam a mentalidade de que o conhecimento é mais importante do que debater
quem saiu do BBB na noite anterior? Quantos deles sabem o significado de
respeitar o próximo? Não estou querendo passar uma ideia negativa sobre esses
alunos.. até porque... eu já fui um deles.
Gauss
entra na segunda aula da semana. Mesmo esquema: perde sempre aqueles minutos
iniciais. Mas bem que Gauss poderia explicar o que significa respeito, né? Mas
ele já está tão desmotivado que nem liga mais pra essa situação. O professor
passou uns exercícios para seus alunos resolverem. Somente dois alunos
entregaram a tarefa. E o resto? Os demais alunos não conseguiram resolver a
tarefa.
Mas
como esses alunos são burros! Serão mesmo? A maioria esmagadora não teve um bom
ensino de Matemática no Ensino Fundamental. Os alunos não sabem com fluência as
operações básicas, não sabem desenvolver equações e expressões... e muito menos
fatorar, simplificar e substituir variáveis. Além disso, também não entenderam
a matéria. Por que não entenderam? O professor escreveu grego na lousa. Não explicou.
E ninguém ali pressupôs que deveria abrir o livro e estudar.
Agora
imagina esse cenário ocorrendo em todas as aulas, todos os dias e em todas as
escolas. Imaginou? Isso que você está imaginando não é nem 10% do problema da
educação brasileira. Mas é a parte que podemos começar a mudar. E,
consequentemente, iniciaremos um efeito dominó que mudará os 90% restantes.
Valorizando
o professor, aprendendo a ensinar e aprendendo a aprender, conseguiremos
autonomia de pensamento. Não seremos mais manipulados pela mídia e pelos
políticos que usam fala bonita e sorriso atraente. E com isso, votaremos certo!
Vamos começar a escolher melhor nossos governantes. Exigiremos deles mais
investimento em educação. E assim, melhoraremos o quadro brasileiro para as
gerações futuras.
Por
isso escrevo este blog. Quero pelo menos plantar a semente e pedir para que as
próximas gerações reguem e cuidem da plantinha. Esta se tornará uma arvore
linda e que dará inúmeros frutos. Eu não comerei esses frutos... e muito menos
vou me refrescar na sombra dessa árvore. Mas espero que ela exista para aqueles
que virão.
Aprender
a estudar é uma maneira de mudar o futuro. Não só o seu, mas o de todos que
vivem ao seu redor.
(espero
que você não esteja pensando que tenho jiló na cabeça... hahahha)
Voltando
para os dados estatísticos...
A
Rússia investe U$ 4.100 por aluno do Ensino Médio. Os EUA investem U$ 10.000
por aluno do Ensino Médio.
Estou
convidando você a participar dessa jornada pela melhor educação. Divulgue este
blog e repasse tudo o que você aprendeu para os seus amigos, irmãos e colegas.
Aguardo vocês no próximo texto. :)
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