Idade: 18
Curso: Medicina
Universidade: EPM/Unifesp
Sou nascido e criado em
Ipatinga, no interior de Minas Gerais. Um dia, no colégio, perguntaram-me há
quanto tempo eu estava estudando para o vestibular, e essa pergunta me fez
refletir sobre minha trajetória acadêmica e pessoal, já que não soube
respondê-la. Desde pequeno, tive o interesse pelo aprendizado e esse foi um dos
pilares para eu ter ingressado na Escola Paulista de Medicina na primeira
tentativa, direto do terceiro colegial – há dois anos, eu nem sabia do que se
tratava a EPM!
Bem, a vida inteira estudei em
escola privada. A partir do incentivo dos meus pais, tornei-me um leitor voraz
e um aluno dedicado. No fim do ensino fundamental, comecei a participar de
olimpíadas científicas, como a OBA, a ONHB, a OBM e a OBF, mas não obtive
resultados satisfatórios, ainda que me destacasse nas olimpíadas internas da
escola. No nono ano, ingressei em uma oficina de redação, onde comecei a
desenvolver as técnicas de escrita, mais uma vez, em busca do aprendizado –
detalhe: eu não me preparava pra redação do enem ou da fuvest, por exemplo, mas
simplesmente buscava me aprimorar. No ensino médio, ingressei em um colégio
menor, mais voltado para o vestibular e passei a estudar com mais disciplina.
Tive resultados expressivos em olimpíadas das mais variadas: desde Química e
Robótica a competições em História. Não tinha uma matéria preferida e a escolha
da profissão passou a se tornar complexa pra mim. Nem mesmo testes vocacionais
me ajudaram completamente, pois me direcionavam tanto para o Direito quanto pra
Medicina – profissão esta também do meu pai e dos meus avós. Pensei: vou me
preparar para o curso mais concorrido, já que, assim, caso mude de ideia, não
terei problemas para ser aprovado no menos disputado. Assim continuei minha
trajetória em busca de aprender o conteúdo ministrado em aula de modo
aprofundado e, no período de inscrição para as provas, já havia me decidido pela
carreira que de fato escolhi.
Claro que há muitos desafios
a serem enfrentados. No meu caso, no segundo ano do ensino médio, passei por um
período de instabilidade emocional por dois principais motivos: caí de
bicicleta, levei trinta pontos na região do olho, além do meu amigo, que andava
comigo, ter quebrado a clavícula e algumas costelas e passado quase um mês
internado. Além disso, descobri que tinha uma doença autoimune que, apesar de
benigna, merecia um olhar atento, e não foi fácil lidar com essas questões.
Continuei o caminho em busca da Medicina e prestei Fuvest para Odontologia-SP e
fui aprovado em segundo lugar! No terceiro colegial, tendo em vista que tinha
construído uma base sólida nos anos anteriores, foquei meus estudos em
Matemática, Física, Química, Biologia e Redação, matérias determinantes para o
sucesso do vestibulando de Medicina. Nos simulados, buscava sempre me manter no
top10 do meu colégio/cursinho. Em 7 ciclos ENEM, fui o primeiro em 5!
Ao longo do ano,
foquei nas provas de primeira fase (fiz todas as provas da fuvest desde 2003!),
pois no colégio já havia provas discursivas, que em muito se assemelhavam às
provas de segunda fase. Li todas as obras da Fuvest (algumas até duas vezes,
apesar de às vezes não ser nem necessário ler!) e algumas da Unicamp. Prestei
Enem, Unesp, Einstein, Unesp, Unicamp, USP Ribeirão, Unifesp e os vestibulares
seriados da UFJF, da UFLA e da UFVJM. No Sisu de 2016/2, com as notas do Enem
de quando eu estava no segundo colegial, fui aprovado na UFRJ e na UFMA. Tirei
827,27 no Enem, passei com folga na UFMG. Fiz 71 na primeira fase da Unicamp e
não fui nem pra segunda fase. Na Unesp, fiquei na posição 161 e não fui
convocado por pouco. No Einstein, fui o nono geral na primeira fase, mas decidi
não comparecer às entrevistas tendo em vista a distância da minha cidade. Para
a segunda fase, resolvi todas as provas da Fuvest desde 2007, nas férias,
quando minha família estava na praia e eu continuava a estudar. Passei na USP
Ribeirão e na Unifesp, a escolhida.
Aqui na EPM, participo da atlética nas modalidades Tênis Campo, Futebol de Campo e Futsal. No feriado, competiremos com Santa Casa, Famema, Taubaté e Bragança. Ainda não entrei em nenhuma liga acadêmica, mas pretendo, após a Intercalomed!
Para ser aprovado na
EPM/Unifesp, não há receita de bolo. Cada um carrega consigo sua história de
luta e de resiliência. Na nossa sala há pessoas que fizeram outros cursos
anteriormente, outras fizeram muito tempo de cursinho, outras passaram direto.
Mas o mais importante é que, hoje, todas têm as mesmas aulas, fazem as mesmas
provas, obtêm o mesmo ensino de excelência. No vestibular, é essencial ter
tranquilidade: não é a prova que define quem você é!
Estou
torcendo por você!
TRÁ-CÁ-TRÁ
Que legal! to achando massa as atualizações do blog!! trás muita motivação, contar a história de trajetória do vestibular, as dicas. Valeu exp
ResponderExcluirMUITO OBRIGADO PELO RETORNO! Espero que continue gostando dos próximos textos também! :)
Excluirmuito bom!!!
ResponderExcluirsó uma curiosidade, pq UNIFESP e não USP ?