domingo, 30 de abril de 2017

ENTREVISTA #02 - MEDICINA


Nome: Ana Lara Almeida
Idade: 18 anos
Curso: Medicina
Universidade: Escola Paulista de Medicina (UNIFESP).


Conte um pouco sobre sua jornada até a aprovação.
R: Sou de São Bernardo do Campo (SP), estudei a minha vida toda em escolas públicas. Eu sempre via o vestibular como algo impossível, até porque não conhecia muita gente que tinha passado em um curso concorrido estudando em escola estadual. Por isso juntei dinheiro pra fazer um cursinho no último ano do ensino médio.
Quando você decidiu pela escolha do seu curso? Teve influência de familiares?
R: Eu decidi que queria Medicina no segundo ano do ensino médio, e mantive engenharia elétrica como segunda opção. Minha família não tem muito conhecimento sobre vestibular, então eles não sabiam muito como me dar apoio.
Como foi sua preparação para o vestibular?
R: Como já disse, fiz um ano de cursinho junto com o ensino médio. No outro ano não tinha mais condições para bancar outro ano de extensivo, então precisei estudar por conta própria. O coordenador do cursinho que eu havia feito gostava muito de mim, então deixou eu estudar lá mesmo sem ver as aulas. Eu precisei ralar muito, procurar material em doações, pesquisar sites confiáveis, organizar meu próprio horário e manter a disciplina. Estudava de dez a doze horas por dia, e o que foi essencial pra mim foi focar nos exercícios e na resolução de provas antigas, além de focar na redação.
Teve algum momento difícil ao longo da sua preparação? Como você superou?
R: Foi muito difícil lidar com o estresse, porque precisava manter a disciplina sozinha, então eu me cobrava muito. Chegou uma hora em agosto que eu até desmaiei por estresse, então precisei pegar um pouco mais leve. O que me ajudou muito foi procurar depoimentos de pessoas que passaram estudando sozinhas, porque eu via que não era a única passando por isso!
Como era seu desempenho nos simulados ao longo de sua preparação?
R: Meus simulados eram as provas anteriores. Era muito legal ver minha evolução ao longo do ano, comecei acertando por volta de 60% e no final do ano já estava fazendo uns 85%! Isso porque eu sempre via meus erros, procurava o conteúdo que não sabia e melhorava a organização do meu tempo.
Teve diferença na sua preparação para a primeira e segunda fase dos vestibulares?
R: No geral, não. Eu resolvia questões dissertativas na mesma proporção das alternativas.
Conseguiu ler todas as obras obrigatórias dos vestibulares?
R: Li todas as da Fuvest. Lia a obra e em seguida já procurava uma análise, geralmente via vídeo aulas sobre a obras.
Quais vestibulares você prestou? Como foi seu desempenho?
R: Prestei Fuvest (engenharia elétrica na POLI, nota final 84, passei), Unifesp (medicina, nota final 79,4, aprovada nas cotas), Unesp (Medicina, aprovada nas cotas, média 83) e Enem (aprovada na Medicina UFRN, média final 785, 145 acertos e 920 na redação).
O que o vestibulando precisa saber para ser aprovado na Escola Paulista de Medicina (EPM)?
R: O vestibular da EPM cobra muito exatas! Foquem em exatas e na redação!
O que você está achando da faculdade? Quais matérias você tem?
R: Apesar de ser um curso pesado, estou amando a graduação! Até agora tive Embriologia, Histologia, Anatomia, Biofísica, Bioquímica e uma matéria chamada Observação às Práticas Médicas, na qual os alunos vão a diferentes cenários do hospital observar o cotidiano dos profissionais da saúde.
Qual é a sua matéria favorita? E qual você menos gosta?
R: Eu adoro Embriologia, apesar de a maioria odiar! Tenho menos afinidade por anatomia porque é muita informação em pouco tempo.
Está fazendo alguma atividade além das aulas?
R: Atualmente participo da Liga de Oratória e Retórica, treino tênis de mesa na atlética, frequento as reuniões do IFMSA e corrijo redações no cursinho popular da Unifesp, o CUJA.
Deixe um recado para aqueles que estão se preparando para os vestibulares deste ano!
R: Galera, o que mais conta é a organização e a estabilidade emocional. Não adianta saber o conteúdo e morrer de nervoso na hora da prova! Vocês não estão sozinhos, eu já passei por isso e posso falar que cada um tem um ritmo de aprendizado diferente, então sigam o de você e evitem se comparar com outras pessoas. E o mais importante: não esperem a aprovação para serem felizes, a vida não começa só depois da faculdade! No final dá tudo certo, acreditem!

sexta-feira, 28 de abril de 2017

ENTREVISTA #01 – MEDICINA

Nome: Henrique Lage Ferreira Ferrer
Idade: 18
Curso: Medicina
Universidade: EPM/Unifesp

Sou nascido e criado em Ipatinga, no interior de Minas Gerais. Um dia, no colégio, perguntaram-me há quanto tempo eu estava estudando para o vestibular, e essa pergunta me fez refletir sobre minha trajetória acadêmica e pessoal, já que não soube respondê-la. Desde pequeno, tive o interesse pelo aprendizado e esse foi um dos pilares para eu ter ingressado na Escola Paulista de Medicina na primeira tentativa, direto do terceiro colegial – há dois anos, eu nem sabia do que se tratava a EPM!

Bem, a vida inteira estudei em escola privada. A partir do incentivo dos meus pais, tornei-me um leitor voraz e um aluno dedicado. No fim do ensino fundamental, comecei a participar de olimpíadas científicas, como a OBA, a ONHB, a OBM e a OBF, mas não obtive resultados satisfatórios, ainda que me destacasse nas olimpíadas internas da escola. No nono ano, ingressei em uma oficina de redação, onde comecei a desenvolver as técnicas de escrita, mais uma vez, em busca do aprendizado – detalhe: eu não me preparava pra redação do enem ou da fuvest, por exemplo, mas simplesmente buscava me aprimorar. No ensino médio, ingressei em um colégio menor, mais voltado para o vestibular e passei a estudar com mais disciplina. Tive resultados expressivos em olimpíadas das mais variadas: desde Química e Robótica a competições em História. Não tinha uma matéria preferida e a escolha da profissão passou a se tornar complexa pra mim. Nem mesmo testes vocacionais me ajudaram completamente, pois me direcionavam tanto para o Direito quanto pra Medicina – profissão esta também do meu pai e dos meus avós. Pensei: vou me preparar para o curso mais concorrido, já que, assim, caso mude de ideia, não terei problemas para ser aprovado no menos disputado. Assim continuei minha trajetória em busca de aprender o conteúdo ministrado em aula de modo aprofundado e, no período de inscrição para as provas, já havia me decidido pela carreira que de fato escolhi.

Claro que há muitos desafios a serem enfrentados. No meu caso, no segundo ano do ensino médio, passei por um período de instabilidade emocional por dois principais motivos: caí de bicicleta, levei trinta pontos na região do olho, além do meu amigo, que andava comigo, ter quebrado a clavícula e algumas costelas e passado quase um mês internado. Além disso, descobri que tinha uma doença autoimune que, apesar de benigna, merecia um olhar atento, e não foi fácil lidar com essas questões. Continuei o caminho em busca da Medicina e prestei Fuvest para Odontologia-SP e fui aprovado em segundo lugar! No terceiro colegial, tendo em vista que tinha construído uma base sólida nos anos anteriores, foquei meus estudos em Matemática, Física, Química, Biologia e Redação, matérias determinantes para o sucesso do vestibulando de Medicina. Nos simulados, buscava sempre me manter no top10 do meu colégio/cursinho. Em 7 ciclos ENEM, fui o primeiro em 5!

Ao longo do ano, foquei nas provas de primeira fase (fiz todas as provas da fuvest desde 2003!), pois no colégio já havia provas discursivas, que em muito se assemelhavam às provas de segunda fase. Li todas as obras da Fuvest (algumas até duas vezes, apesar de às vezes não ser nem necessário ler!) e algumas da Unicamp. Prestei Enem, Unesp, Einstein, Unesp, Unicamp, USP Ribeirão, Unifesp e os vestibulares seriados da UFJF, da UFLA e da UFVJM. No Sisu de 2016/2, com as notas do Enem de quando eu estava no segundo colegial, fui aprovado na UFRJ e na UFMA. Tirei 827,27 no Enem, passei com folga na UFMG. Fiz 71 na primeira fase da Unicamp e não fui nem pra segunda fase. Na Unesp, fiquei na posição 161 e não fui convocado por pouco. No Einstein, fui o nono geral na primeira fase, mas decidi não comparecer às entrevistas tendo em vista a distância da minha cidade. Para a segunda fase, resolvi todas as provas da Fuvest desde 2007, nas férias, quando minha família estava na praia e eu continuava a estudar. Passei na USP Ribeirão e na Unifesp, a escolhida.


Aqui na EPM, participo da atlética nas modalidades Tênis Campo, Futebol de Campo e Futsal. No feriado, competiremos com Santa Casa, Famema, Taubaté e Bragança. Ainda não entrei em nenhuma liga acadêmica, mas pretendo, após a Intercalomed! 

Para ser aprovado na EPM/Unifesp, não há receita de bolo. Cada um carrega consigo sua história de luta e de resiliência. Na nossa sala há pessoas que fizeram outros cursos anteriormente, outras fizeram muito tempo de cursinho, outras passaram direto. Mas o mais importante é que, hoje, todas têm as mesmas aulas, fazem as mesmas provas, obtêm o mesmo ensino de excelência. No vestibular, é essencial ter tranquilidade: não é a prova que define quem você é!

Estou torcendo por você!

TRÁ-CÁ-TRÁ

quarta-feira, 26 de abril de 2017

LIDANDO COM OS SIMULADOS


O meio do ano vai se aproximando, o cansaço vai batendo... e o desempenho vai caindo. Esse cenário é igual para todos, mas poucos sabem disso. E somente 1% sabe como tirar proveito da situação e dar a volta por cima no segundo semestre!

Neste texto você encontrará algumas dicas de como lidar com os simulados, com o objetivo de extrair todos os benefícios possíveis e desmistificar os pontos negativos.

Eu sou uma pessoa muito suspeita pra falar sobre simulados, pois eu fazia o máximo de simulados possíveis (tanto os do cursinho, quanto as provas anteriores que eu fazia cronometrando o tempo e tudo mais). Amava os simulados, porque ano passado eu estava muito saturado, e queria estudar somente o necessário. Então eu fazia o simulado, corrigia e analisava os erros! Disso eu tiro duas grandes dicas:

FAZER O MÁXIMO DE SIMULADOS POSSÍVEIS – Fazendo bastante simulados, você se torna mais ágil na resolução das questões, identifica os conteúdos que mais caem, percebe o padrão de questão que são cobradas, etc. Isso melhora MUITO seu desempenho, mas a próxima dica é de ouro!

ANALISAR OS SEUS ERROS  - Após a realização do simulado, muitos olham apenas o número de acertos... Isso é péssimo! Primeiro que se você não acertou aquilo que esperava, ficará desmotivado. Segundo porque se você só olhar o que acertou, continuará acertando as mesmas coisas, e, consequentemente, errando as mesmas! Quando você analisa seus erros, começa a estudar mais os assuntos que está errando, desse modo você verá sua nota subindo ao invés de ver caindo ou  se mantendo constante. Mas como analisar os erros?

Depois de uma prova, pergunte-se “POR QUE EU ERREI ESTA QUESTÃO?”. As possíveis respostas e soluções são:

Não sabia o conteúdo! – Então chegou o momento de separar um dia pra sentar e devorar a teoria e fazer o máximo de exercícios possíveis! Tire suas dúvidas e refaça a questão errada, identificando o seu erro e o motivo da resposta correta ser outra.

Estudei, mas não lembrava como resolvia! – Melhor coisa nesses casos é uma lida superficial no assunto, só pra ressuscitar o conteúdo. Veja questões resolvidas e tente fazer alguns exercícios de diferentes graus de dificuldade, apenas para revisar a matéria. Depois refaça a questão.

Deu branco! – Isso está relacionado com nervosismo durante o simulado! Procure sempre cuidar da sua saúde mental, pois o psicológico tem peso significativo no vestibular. Mas se na hora da prova der branco, pule a questão! Tome água, coma, vá ao banheiro e faça toda a prova. No final, volte na questão que deu branco! Você verá que o conteúdo possivelmente retornará, porque você estará mais calmo e no ritmo de prova.

Faltou tempo – Isso pode ter ocorrido por uma má organização do tempo ou porque você não tem a velocidade de resolução exigida pelo vestibular. No primeiro caso, basta pensar em uma estratégia de resolução, alimentação e idas ao banheiro, de tal modo que você aperfeiçoe o máximo possível seu tempo. No segundo, a melhor solução está em treinar questões em um determinado tempo. Tente resolver suas tarefas dando apenas três minutos para cada uma, se for testes, ou 10 minutos, se for aberta. Velocidade se ganha com muito treino! Lembro que no final ano passado eu conseguia fazer 120 testes em 4 horas e meia!

Interpretei errado! – Esse é um problema que envolve diversas matérias, mas principalmente português. E não estou dizendo que erros de interpretação ocorrem mais em português! O que quero dizer é que se sua bagagem de interpretação (verbal e não verbal) não estiver boa, você perderá questões fáceis por não saber ler um gráfico corretamente, ou entender errado uma metáfora.

Falta de atenção! – Esse era meu erro mais comum! Resolvi lendo as questões grifando com o lápis e circulando as palavras principais. Também circulava loucamente as palavras “correta”, “incorreta”, “somente”, “apenas”, etc. Fazer a prova mais concentrado resolvia esses erros.

Simulado deve ser um instrumento no qual você possa se comparar com você mesmo! Nada de ficar se comparando com o colega, o importante é ver seu desempenho, analisar seus erros e buscar a sua melhora para ir bem no próximo. O simulado é o termômetro, que indica como está seu estudo... se você é médico e vê o paciente com febre, jogaria tudo pro alto e deixaria pra salvar a vida daquele indivíduo na “revisão” ou no ano seguinte? NÃO! Simulado é isso: fui mal? ÓTIMO! Então tenho muito trabalho pra fazer! HORA DE AGIR, E NÃO DE FUGIR!

Trate com carinho os simulados, pois eles são seus amiguinhos nessa jornada até a aprovação!

Espero ter ajudado vocês! Mandem sugestões aqui nos comentários! Divulguem pra galera desse Brasil!!! Vamos espalhar essas dicas! (:



A reprodução deste texto é proibida e protegida pela lei do direito autoral nº 9610 de 19 de fevereiro de 1998.

The Life Like Lab

Olá, tem alguém aí? Se tiver, deixe um comentário para que eu possa saber que não estou conversando comigo mesmo por meio dessa metalinguage...